A liberdade sindical é uma conquista não só dos trabalhadores, mas de toda a sociedade. Quando um governo tenta restringir esse direito, seja de que forma for, ele está atacando as liberdades de toda a sociedade. Quando isso acontece no serviço público, o ataque se torna ainda mais grave. Pois, por trás dele, está a vontade de amordaçar aqueles que são responsáveis por prestar os serviços de que os cidadãos tanto necessitam e que estão mais capacitados a garantir o uso republicano do Estado.
O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), está efetuando esse tipo de ataque à sociedade paranaense e, particularmente, aos sindicatos de servidores públicos, incluindo os Policiais Civis do estado. Desde 2020, o governador vem tentando asfixiar financeiramente as entidades que representam os trabalhadores no serviço público do estado. Através de uma série de Decretos, o governo passou a exigir que os (as) servidores tenham que realizar, anualmente, a autorização para que o estado realize o desconto em folha de pagamento da contribuição sindical. É importante ressaltar que, no próprio ato de sindicalização, os servidores fazem uma declaração, por escrito, autorizando o desconto em folha da sua contribuição ao sindicato.
O que o Governo pretende, com esses Decretos, é tornar inviável a contribuição dos servidores aos sindicatos que os mesmos escolheram por livre e espontânea vontade. Ao exigir que os sindicalizados tenham que renovar essa autorização todos os anos, o governo do Paraná, além de desrespeitar a legislação que garante a livre organização sindical, tenta calar as entidades que têm denunciado o descaso, por exemplo, com que a segurança pública vem sendo tratada no Paraná. Os principais prejudicados, caso o governador Ratinho Júnior alcance seu objetivo, será a sociedade paranaense. Com a asfixia financeira dos sindicatos, os (as) paranaenses não terão ao seu lado, as entidades que vêm diariamente denunciando a forma como o governo trata o serviço público do estado e, particularmente, a segurança pública.
Frente a essa realidade, a Feipol-Sul se coloca ao lado dos sindicatos de servidores públicos e, particularmente as entidades representantes dos (as) policiais civis do estado do Paraná, além de denunciar os ataques do governador Ratinho Júnior. O Presidente da Feipol-Sul, Fabio Castro, destaca que “é preciso que a sociedade paranaense e as outras entidades sindicais também se posicionem contra o ataque à liberdade sindical dos servidores públicos do estado. Esse é um direito democrático básico e precisa ser garantido. Quando um governo tenta calar toda uma categoria, é o próprio estado de direito que fica em risco”, finaliza Fábio Castro.